Sedação, anestesia e analgesia

Os asininos diferem dos cavalos e pôneis na anatomia, fisiologia e temperamento, elementos importantes a serem considerados no planejamento da sedação, anestesia e analgesia. Os protocolos para os asininos podem ser baseados nos protocolos usados em cavalos e pôneis, mas deve-se prestar muita atenção aos diferentes requisitos farmacológicos e de manipulação, bem como às variações necessárias para certos procedimentos. Também é importante observar as dificuldades enfrentadas na estimativa do peso de um asinino.

As doses dos medicamentos podem ser diferentes daquelas usadas em cavalos e pôneis por causa do metabolismo alterado para esse medicamentos. Acredita-se que essas diferenças resultem da adaptação dos asininos ao deserto, com distribuição de compartimentos de fluidos corporais distinta e maior rapidez no metabolismo oxidativo de vários medicamentos em comparação com os cavalos e pôneis.

Muitos medicamentos não são autorizados para uso nos asininos, de modo que o seu uso precisa estar em conformidade com a legislação local para a prescrição de medicamentos não licenciados.

PRINCIPAIS PONTOS

• O cálculo do peso requer técnicas específicas para asininos.

• As dosagens de medicamentos e a farmacocinética/dinâmica são diferentes daquelas aplicadas aos cavalos e pôneis.

• A intubação endotraqueal pode ser difícil.

• Os asininos geralmente espirram após a sedação com medicamentos agonistas dos receptores alfa-2.

• Existe um alto risco de hiperlipidemia associado ao período peri- operatório.

• Existe o risco de omissão de doenças e/ou dores correlatas devido à natureza estoica dos asininos.

• Os asininos têm diferentes parâmetros fisiológicos de referência.

• Considere os traços comportamentais específicos dos asininos, como a criação de fortes laços com os companheiros, além de técnicas de manuseio.